A Semana



Mogi das Cruzes: 462 anos

A quatrocentona Mogi das Igrejas do Carmo, do Largo da Catedral, da Igreja do Rosário, do Casarão do Chá, da Serra do Itapety, da Dona Yayá, do Coronel Souza Franco, do Dr. Deodato Wertheimer, do Salvador Leite Ferraz, do José Benedicto da Cruz, do Coronel Almeida, do Domingos Fernandes da Cruz, do João Cardoso Pereira, do Gaspar Vaz, dos Bandeirantes e de tantos outros nomes e lugares que representam a nossa ancestralidade, a nossa identidade, está fazendo 462 anos.

O que representam esses 462 anos? Representam a nossa história, o nosso passado de lutas, de conquistas, de heróis e de tudo que representa o nome Mogi das Cruzes.

Desde Gaspar Vaz que nos longínquos anos de 1611 fundou a vila de Santa Ana das Cruzes de Mogy Mirim que mais tarde foi se transformando em nossa Mogi das Cruzes tornou-se de uma vila com uma praça, igreja e algumas casas, numa metrópole de quase meio milhão de pessoas. Era vila em 1611, município em 1671, cidade em 1855, e elevada à comarca em 1874.

Nossa Mogi faz parte da história do Brasil pois foi através de seus bandeirantes retratados por Debret em 1827 que sabemos como eles se vestiam, como eles viviam. Tiradentes, quando foi preso no Rio de Janeiro, estava escondido na casa de um mogiano. Dom Pedro, pouco antes de proclamar a independência do Brasil, passou por aqui no dia 23 de agosto de 1822. Entre os soldados de sua guarda de honra constava o mogiano alferes Salvador Leite Ferraz.

Mogianos foram fundadores de cidades como Rezende (RJ) por Simão da Cunha Gago, Ouro Fino (MG) e Silvianópolis (MG) por Francisco Martins Lustosa, Cabo Verde (MG) por Veríssimo João de Carvalho e Pinhal (SP) por Romualdo Souza Brito.

Lutamos na revolução constitucionalista e por lá tombaram nossos heróis: Voluntário Fernando Pinheiro Franco, Cabo Diogo Oliver e Jair Fontes de Godoy. Na Segunda Grande Guerra tombaram Hamilton Silva e Costa, Francisco Franco, Otto Unger, Américo Rodrigues e outros.

Nomes de peso

Não se pode falar de Mogi sem citar o nome de seu maior historiador e principal referência dos mogianos: Isaac Grinberg. São dele as principais obras escritas sobre a cidade.
Também não podemos esquecer Jurandyr Ferraz de Campos, Abib Neto, Jair Rocha Batalha ou Mello Freire.

Nos anos 80 foi formada uma comissão de pesquisadores sobre quem realmente foi o fundador da cidade. Essa comissão apresentou um documento onde a questão da fundação da cidade de Mogi estava encerrada.

Quem fundou nossa Mogi das Cruzes foi Gaspar Vaz em 1611 e não Braz Cubas em 1560 já que Braz Cubas não aparece em nenhum momento no Foral da Vila de Santa Ana de Mogy Mirim, documento que mostra todas as etapas do nascimento da futura Mogi das Cruzes.

Parabéns, querida Mogi! É um orgulho poder contar sua história.

Rouxinol Mogi

Mogiano, é designer gráfico com trabalhos em vários jornais da região. Pesquisador da história de Mogi das Cruzes há quarenta anos. Recebeu vários prêmios: duas vezes o “Profissionais do Ano” e uma vez “Personalidades de Mogi e Região”, prêmios esses pela divulgação da história de Mogi. Lançou seu primeiro livro “Mogy Antiga”em 11 de dezembro de 2021 onde fala sobre as histórias, curiosidades e personagens da nossa cidade.

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