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Santa Casa rebate acusações sobre atendimento a gestante; diretor chegou a ser preso

A Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes informou, por meio de nota oficial, que o atendimento à gestante que sofreu um aborto na segunda-feira, dia 19, foi “realizado da melhor maneira”. O caso causou a prisão em flagrante do diretor clínico da filantrópica, Massimo Colombini Netto. Segundo o Ministério Público, o médico já era investigado por outros três casos de óbito por demora ou recusa no atendimento. Nesta terça-feira (20), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) informou que Massimo foi liberado provisoriamente após audiência de custódia.

De acordo com a nota, Massimo não estaria presente na internação da partituriente.

“Apesar de apresentada toda a documentação médica e demonstrado que o atendimento prestado foi oferecido da melhor maneira, em razão do óbito da criança, ignorando cuidar o evento de uma fatalidade, entenderam os agentes à frente da apuração por conduzir o Diretor Técnico, que sequer estava presente quando da internação e exames, à Delegacia de Polícia, vindo a surpresa da condução a ser elevada ao quadrado com a notícia de sua prisão em flagrante”, diz a nota.

Conforme registrado no relatório policial, a situação ocorreu por volta das 4h40 da manhã de segunda-feira, quando uma gestante chegou ao hospital apresentando dilatação e sintomas de hipertensão. Diante disso, foi requerida a internação imediata da paciente. No entanto, o pedido foi recusado pela equipe administrativa do hospital. De acordo com o MP, o diretor que foi detido é a pessoa que barra as internações.

O médico de plantão, no momento em que a vítima chegou ao hospital, informou às autoridades policiais que a mulher já estava em trabalho de parto. Devido à sua gestação de aproximadamente 34 semanas, era esperado que o bebê nascesse prematuro.

Outra médica, que assumiu o plantão às 7h, afirmou à polícia que, após várias negativas de internação, decidiu encaminhar a paciente para a internação por conta própria às 8h30, devido à gravidade da situação. Contudo, um exame de ultrassom posterior revelou o falecimento do bebê.

A Santa Casa afirmou que o médico Massimo Netto ficará afastado até a conclusão das investigações.

Leia a nota na íntegra:

“Em 19 de fevereiro, segunda-feira, a Santa Casa de Misericórdia foi alvo de uma diligência do Ministério Público sob a justificativa de que uma parturiente teria sofrido, por problemas no atendimento, um aborto.

Apesar de apresentada toda a documentação médica e demonstrado que o atendimento prestado foi oferecido da melhor maneira, em razão do óbito da criança, ignorando cuidar o evento de uma fatalidade, entenderam os agentes à frente da apuração por conduzir o Diretor Técnico, que sequer estava presente quando da internação e exames, à Delegacia de Policia, vindo a surpresa da condução a ser elevada ao quadrado com a notícia de sua prisão em flagrante.

Na presente data, restabelecendo o direito e a justiça, colocado em liberdade o médico diretor técnico, o qual, para lisura da investigação e demonstração de que nenhuma razão se teve o expediente adotado, ficará afastado de seu cargo até final conclusão das apurações.

A Santa Casa de Misericórdia, entidade mais do que centenária de benemerência, registra que tem empreendido todos os esforços para oferecer a melhor prestação de serviços à população em sua missão de salvar vidas e amenizar dores, debalde todas as dificuldades. e falta de recursos, renovando seu compromisso com cada cidadă e cidadão da cidade de Mogi das Cruzes.”

Redação

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