A Semana



“Em Evidência”, com Sueli Canfora

De voz mansa e um talento nato para a escrita, Sueli Maria Ferreira Canfora, 65, tomou posse recentemente na Academia de Letras, Ciências e Artes – ALCA, da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo. E recentemente, lançou seu quarto livro intitulado “Voe na Imaginação”. O livro foi criado a partir de uma música, com letra dela e composição do músico mogiano PH.

Paulistana, foi criada no bairro Jabaquara e da sua infância, recorda as brincadeiras com os irmãos na goiabeira que ficava nos fundos da casa onde moravam e que inclusive inspirou a poesia autoral “Goiaba Vermelha”. É formada em Letras pela FAI, desde 84, mas foi na poesia e contação de histórias que descobriu sua vocação. “Sempre li muito, via meu pai sempre lendo e meu irmão Pedro sempre comprava gibis para mim. E, na faculdade, cheguei a ganhar um concurso de poesia”, conta.

Su Canfora | Escritora

Aos 20 anos foi temporária no Jumbo Eletro pelo período de Natal. Por dez anos foi bancária e deu aulas de Inglês como eventual em São Paulo, até passar em um concurso para dar lecionar no Estado. Foi professora da rede pública estadual por 28 anos, passando por escolas em Guaianases, Poá e Mogi, inclusive também no Crescer. Tem quatro livros publicados e participou de 11 antologias. Mora no Mogilar e é casada há 36 anos com Ronaldo, que trabalha no Semae. Têm duas filhas: Sara, de 37, e Esther, de 32.

Fãs de uma boa prosa, adoram juntar a família para viajar e conversar. Na cozinha, ela conta que faz o trivial, mas que sua Galinhada é bastante elogiada. Pisciniana, considera-se calma e atenciosa, mas admite que “esquenta muito a cabeça”. Pratica musculação, artesanato e coleciona corujas e imãs de lugares que visitou. Seu estilo é clássico e adora vestidos. Cita a cor verde e perfumes cítricos ente as suas preferências. Recomenda o livro, clássico e atemporal, “Olhai os Lírios do Campo”, de Érico Veríssimo, e adorou a peça Otelo, de Shakespeare, encenada por Juca de Oliveira e Ney Latorraca no Teatro Municipal de São Paulo.

Elege como sua melhor viagem o passeio de trem, entre Curitiba e Morretes. Seu sonho é escrever um bestseller e planeja um dia produzir uma exposição onde possa aliar seu talento para a escrita e o artesanato. Evangélica, a filha dos saudosos Pedro Antonio Ferreira e Maria de Lurdes aprendeu com os pais a sempre respeitar o próximo. Na vida, a infância difícil a fez uma sobrevivente e a ensinou a nunca desistir. Sua frase, autoral, está em todos os seus livros: “Só não é possível o sonho que não se sonha”.

Redação

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