A Semana



A Copa que eles querem ver

Brasileiro que é brasileiro gosta mesmo é de Copa do Mundo. E com a de 2022 não será diferente. Dados da Nielsen, exclusivos para a Folha de S. Paulo, apontam que os brasileiros são o povo que mais se interessa por futebol no mundo. De acordo com a empresa, 65% dos brasileiros se interessam por futebol – percentual superior ao da Itália (57%), Espanha (57%), Alemanha (51%) e França (43%), por exemplo.
Aqui o clima ainda está meio morno, muito por causa do cenário eleitoral. Mas tem uma camada da população que já está ansiosa para ver o time de Neymar e companhia entrar em campo: as crianças.

Os pequenos nascidos a partir de 2012 pouco ou nada acompanharam a Copa de 2014 e 2018. Portanto, o torneio que será realizado no Qatar a partir de novembro já está mexendo com as emoções dos torcedores mirins, que, na sua grande maioria, está confiante na conquista do hexacampeonato.
Davi da Silva Santos, de nove anos, é um dos que não vê a hora de chegar o dia da estreia do Brasil. O aluno do terceiro ano do Ensino Fundamental é torcedor do Flamengo e joga no Botuja e no Galo de Ouro. “Estou muito ansioso pela Copa, é a primeira que eu vou acompanhar, na outra eu era bem pequeno”, conta.

Para ele, o mais legal do torneio é a união das pessoas. “Eu acho legal que todo mundo fica torcendo junto pelo mesmo time, fica todo mundo junto”, diz. E ele está realmente ansioso para o campeonato começar: “A minha mãe e meu pai vai chamar os amigos para assistirmos juntos e fazer coisas gostosas para comer na hora do jogo! Eu não vejo a hora!”.

Futebol também é cultura

Desengane-se quem pensa que a Copa serve para alienar a população. Pelo menos não para crianças como o Enzo Gabriel Vieira Alves, de 10 anos. Apaixonado por futebol, o atleta do Sport Benfica e do São Paulo conta que já acompanhou o torneio de 2018 e que este ano, com certeza “o Hexa vem”, garante. Aliado a isso, vem a paixão dos pequenos (e de muitos adultos): o álbum da Copa. Enzo já completou o seu, com a ajuda dos pais e avós e, claro, dos amigos com quem trocava figurinhas. E ele conta que até aprendeu coisas novas com a brincadeira: “Pude conhecer todas as seleções e conhecer os craques de cada uma”.

A coleção também foi benéfica para Davi, que, ao colecionar os cromos, pode ampliar o seu conhecimento. “Conheci as bandeiras de vários países”, reforça.

Menina também torce

Rafaella Sponda tem oito anos, é torcedora do Corinthians e não vê a hora de poder pintar o rosto com as cores do Brasil para torcer pela seleção, enquanto come pipoca com o pai Thiago. Ela, assim como Enzo e Davi, e tantas crianças pelo Brasil, também está colecionando as figurinhas da Copa.

E ela montou um esquema especial para a ajudar a completar a coleção. Contando inicialmente com a sorte de ganhar três figurinhas especiais de um amigo, ela aceitou trocar os cromos diferenciados por outros 30. “Eu também vendi as figurinhas da Coca-Cola, então consegui comprar mais”, conta a empreendedora mirim.

Redação

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