A Semana



A história da imprensa mogiana: de 1881 aos 27 anos do A Semana

Publicações contaram a história política, social e cultural de Mogi

A palavra “imprensa” vem da prensa móvel criada por Gutenberg no século XV, tecnologia que revolucionou a comunicação e permitiu o surgimento dos jornais impressos a partir do século XVIII. Em Mogi das Cruzes, essa história começou a ser escrita no século XIX, ainda no Brasil Império.
A principal função da imprensa é informar, para ajudar os cidadãos a compreender os complicados processos do governo, e conscientizar as pessoas de como as decisões tomadas podem afetar suas vidas.
O primeiro jornal mogiano foi a “Gazeta de Mogy das Cruzes”, lançada em 27 de fevereiro de 1881, quando Dom Pedro II ainda era imperador. Com redação sob responsabilidade do Coronel Moreira da Glória, o semanário inaugurou a produção jornalística na cidade. Quatro anos depois, em 1885, veio “O Mogiano”, publicado quinzenalmente.
No início do século XX, a imprensa local se diversificou: surgiram jornais como “O Ypiranga”, os humorísticos “O Malandro”eO Furo”. Em 1906, títulos de linha partidária, como “A Vida”, ligada ao Partido Republicano. Depois vieram “O Raio”, folha satírica e humorística. Em 1909, chegou “O Progresso”, de linha independente, e “A Imprensa”, de linha editorial política. Em 1910, “A Reforma” do Partido Hermista e “O Janota”, humorístico e literário. Cinco anos após, surgiram “O Rabisco” do mesmo grupo de “A Vida”, “O Bem-te-vi”, satírico, o “Correio da Manhã” e o “Urucubaca”. Já em 1916, a igreja também lança seu jornal, “Boletim Parochial”. Seguido, dois anos depois, de “O Clarão”, em que a classe operária que não queria ficar de fora, lançando o seu semanário.
Em 1921, apareceu o humorístico “O Almofadinha” e, em 1924, o “Jazz Band”. Outros jornais fizeram história em Mogi das Cruzes, como “O Arauto” e o “Mogi Jornal”, em que prenunciavam as tensões políticas com o fim da República Velha, em 1926, e o semanário “Folha do Povo”, em 1928. Já “O Atheneu” e “O Acadêmico”, foram lançados pelos estudantes.
Na década de 30, surge “O Imparcial”, “O Liberal”, “O 24 de Outubro”, “O Libertário”, entre outros.
O primeiro diário da região, “Folha de Mogi”, foi fundado em 1953 pelos irmãos Isaac e Jayme Grinberg. Depois, vendido a Tirreno Da Sam Biagio, passou a se chamar “Diário de Mogi” e, posteriormente, “O Diário”. Nos anos 1970, nasceu o “Mogi News” e, em 1989, os irmãos Fátima C. Alves e Francisco C. Bezerra criaram o “Classificados Mogiano”, o primeiro jornal gratuito de classificados da cidade e região.
Nove anos após, Mogi das Cruzes e a região do Alto Tietê recebeu o jornal “A Semana”, em que João Manoel Beraldi de Almeida e Fabíola Pupo lançaram um semanário que se propôs a inovar no jornalismo. Hoje, o “A Semana” é o único jornal impresso, dentre os citados acima, ainda em circulação — um resistente em tempos digitais, carregando nas páginas a memória de uma imprensa que ajudou a construir a identidade mogiana, mas se modernizando com o seu portal e as redes sociais.

Gazeta de Mogy das Cruzes foi o primeiro jornal da cidade

Redação

Fundado em de maio de 1998, o jornal A Semana pauta seu trabalho jornalístico nos princípios da ética e profissionalismo, oferecendo informação, cultura e entretenimento a milhares de leitores.

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