A pesquisabusca entender os fatores que contribuem para uma vida longal
Aos 100 anos, Margot Editha Rathsan Vries mantém hábitos saudáveis e uma memória excepcional. Ela vive com o filho e a nora em Mogi das Cruzes e, apesar de algumas limitações de saúde, continua a desfrutar da vida. “Quando tenho insônia, peço pra Alexa colocar uma típica valsa vienense e me vejo dançando”, conta Margot, que já foi empreendedora e é mãe de quatro filhos.
Margot é uma das participantes de um estudo inovador que analisa a longevidade de pessoas centenárias no Brasil. Com um robusto banco de dados de saúde que abrange nove milhões de beneficiários, a Hapvida NotreDame Intermédica está colaborando com a Universidade de São Paulo (USP) para identificar os fatores que influenciam a longevidade de mais de 300 centenários.
“A sinergia entre a pesquisa e o atendimento médico contínuo oferece uma oportunidade única para investigarmos como fatores genéticos e estilos de vida impactam a saúde ao longo do tempo”, afirma Rodrigo Sardenberg, gerente médico nacional de pesquisa. O estudo, apoiado pelo CNPq, visa aprofundar o conhecimento sobre os processos biológicos do envelhecimento.
Em São Paulo, a empresa acompanha 25 pacientes com mais de 100 anos, que são monitorados por uma equipe multiprofissional. Esse acompanhamento permite a coleta de dados detalhados sobre a saúde dos centenários, ajudando a identificar condições que podem influenciar a longevidade. A bióloga geneticista Mayana Zatz, da USP, destaca a importância de entender os genes que regulam o organismo dos idosos.
O aumento da expectativa de vida traz à tona a importância de pesquisas como essa, que podem resultar em novos tratamentos e políticas públicas voltadas para a saúde dos idosos. “É fundamental incentivar a população a adotar hábitos mais saudáveis e a buscar acompanhamento médico regular”, conclui Sardenberg.
Margot Editha Rathsan Vries compartilha seus hábitos saudáveis e sua visão sobre a vida