Matheus Firmino Tavares se dedica a animais silvestres, exóticos e não convencionais
Desde a infância, Matheus Firmino Tavares já demonstrava um encanto incomum pelo mundo animal, passando horas diante da televisão assistindo programas sobre vida selvagem e se fascinava por espécies que fugiam do habitual, como cobras, lagartos e aves.
Hoje, aos 28 anos, Matheus é médico-veterinário formado pela Universidade Cruzeiro do Sul, com especialização em clínica médica e cirúrgica de animais selvagens, silvestres, exóticos e pets não convencionais. Há cinco anos na medicina veterinária e há um ano atuando diretamente com esse tipo de atendimento, ele integra a equipe da MasterClin, onde atende uma grande variedade de espécies — papagaios, calopsitas, jabutis, ferrets, coelhos, serpentes não peçonhentas, ouriços e pequenos roedores.
Para o público geral, “animais não convencionais” incluem todas as espécies fora do universo tradicional de cães e gatos. São aves, répteis, anfíbios, mamíferos exóticos e pequenos roedores que exigem manejo, ambiente e alimentação específicos, muitas vezes bem diferentes do que se imagina. “Esses animais têm necessidades ambientais e nutricionais muito particulares. Um jabuti, por exemplo, depende de iluminação UVB e temperatura controlada; aves precisam de espaço e estímulo; e pequenos mamíferos exigem dieta adequada e cuidados dentários contínuos”, explica.
Segundo o veterinário, entre as espécies que mais despertam curiosidade estão as serpentes, especialmente as não peçonhentas. “As pessoas acham que são agressivas, mas geralmente são tranquilas e previsíveis quando bem cuidadas”. Os ouriços-africanos também costumam surpreender: apesar dos espinhos, são dóceis, curiosos e desenvolvem forte vínculo com o tutor.
A falta de informação, no entanto, ainda é um desafio. O erro mais frequente, segundo ele, acontece antes mesmo da chegada do animal: a decisão por impulso. “Muita gente compra um pet não convencional sem conhecer a exigência de ambiente, alimentação específica e acompanhamento veterinário. Isso pode prejudicar a saúde do animal”, alerta.
Para evitar problemas, Matheus reforça a importância de pesquisar antes de adquirir um animal silvestre e verificar sua procedência. No Brasil, só é permitido manter em casa indivíduos adquiridos de criadores autorizados pelo IBAMA ou órgãos ambientais estaduais, que fornecem nota fiscal e certificado de origem.
Na MasterClin, a área de pets não convencionais está em expansão. O serviço já oferece consultas especializadas, conduzidas por profissionais capacitados no manejo de cada espécie. O próximo passo será a implementação de uma estrutura dedicada para internação e cuidados intensivos desses pacientes, com ambientes adaptados e equipamentos específicos.
Para quem pensa em ter um pet não convencional, o veterinário deixa um conselho direto e afetuoso: informação e responsabilidade. “Esses animais são incríveis e nos ensinam muito. Mas é preciso conhecimento, estrutura e dedicação. Amar o diferente amplia nosso olhar sobre o mundo. Quando essa escolha é feita com consciência, nasce uma relação única, cheia de descobertas e respeito.”
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Veterinário da MasterClin, Matheus dedica sua carreira ao cuidado de espécies exóticas e não convencionais



