Evitar calçados de sola fina, redobrar o cuidado com tapetes soltos e estar atento a degraus e pisos escorregadios podem parecer detalhes irrelevantes. No entanto, tais práticas ajudam a prevenir quedas e fraturas, acidentes comuns dentro de casa, que podem ter consequências graves. O alerta é do ortopedista Paulo Ricardo Carreira Toledo, da Hapvida, que atua no Hospital Santana, em Mogi das Cruzes.
Segundo o especialista, qualquer queda com dor intensa, inchaço ou dificuldade para movimentar o membro afetado deve ser avaliada por um médico o quanto antes. “As fraturas são as mais preocupantes porque, em muitos casos, exigem cirurgia. O risco aumenta ainda mais quando o paciente tem comorbidades como hipertensão ou diabetes”, explica Toledo.
O ortopedista ressalta que o Hospital Santana conta com estrutura completa para procedimentos de média e alta complexidade, oferecendo o que há de mais moderno em tecnologia e materiais cirúrgicos. “Hoje a Ortopedia evoluiu de forma impressionante. Há pouco tempo, uma fratura simples exigia meses de gesso e imobilização. Agora, com técnicas avançadas e equipamentos de última geração, a recuperação é muito mais rápida e confortável para o paciente”, completa.
Entre 2023 e 2024, o Brasil registrou 11.801 mortes de idosos por acidentes domésticos, segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. As quedas foram a principal causa, com destaque para pessoas acima de 80 anos, que somaram mais de 6,7 mil óbitos. Entre os tipos de acidentes, prevalecem as quedas no mesmo nível (4.813 mortes), seguidas por escorregões e tropeços (2.537) e quedas sem especificação (902).
Diante do cenário, a mensagem do especialista é direta: prevenir é o melhor remédio. Pequenas mudanças no dia a dia, como escolher sapatos mais estáveis e manter o ambiente doméstico seguro, podem evitar grandes problemas.

Qualquer queda com dor intensa, inchaço ou dificuldade para movimentar o membro afetado deve ser avaliada por um médico



