A Semana



Chang Dai-chien 

Chang Dai-chien ou Zhang nasceu em Neijiang, em 1899, e foi um dos mais célebres e versáteis artistas da China no século XX. Pintor, calígrafo, poeta e colecionador de arte chinesa, Chang começou sua carreira como um pintor tradicionalista (guohua). A partir do final da década de 1950, produzindo no Ocidente, expandiu sua técnica e se aproximou do expressionismo abstrato.
Admirador do mestre Shitao, pintou diversos quadros que foram vendidos por altos valores por acreditarem ser quadros do século XVII. Em 1941, Chang fez uma viagem às pouco exploradas cavernas de Dunhuang, um paraíso artístico com milhares de pinturas milenares e documentos históricos, entre outros itens de valor inestimado que ficaram escondidos da civilização até o ano de 1900.

Exilado de sua terra natal, muda-se sucessivamente para Hong Kong, Darjeeling (Índia), Mendoza (Argentina) e, enfim, em 1954, se instala aqui em  Mogi das Cruzes, primeiramente no centro da cidade, depois, em Taiaçupeba, onde permaneceu até 1973. Deixou o Brasil desgostoso porque sua terra seria inundado pelas águas da represa de Taiaçupeba por decisão do governo do Estado. No final dos anos 1950, Chang deixa temporariamente de lado o estilo guohua de pintura, com traços minuciosos, e começa a explorar a técnica de tinta espirrada que o diferencia de todos os outros pintores. Ao deixar Mogi e o Brasil, em 1973, Chang muda-se para Carmel, na Califórnia (Estados Unidos), antes de fixar residência definitiva em Taipei, Taiwan, em 1976.
Sua importância dentro dos processos de evolução histórica e estética da arte da China consistiu na capacidade que teve de voltar às raízes do passado e ainda assim trazer um sopro de modernismo a este estilo consagrado pela tradição.
Em julho de 2018, uma de suas obras, “Paisagem Suíça”, avaliada em US$800 mil, foi encontrada entre os quadros de autoria desconhecida na reserva técnica do Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Pernambuco, em Olinda.
Recentemente a artista foi homenageado com um documentário realizado pela cineasta sino-americana Weimin Zhang com produção do jornalista mogiano, Guilherme Gorgulho, com o nome: “Da Cor e da Tinta: Em busca de Chang Dai-chien”. Chang Dai-chien faleceu em  2 de abril de 1983 em Taiwan.

Fontes:

– Wikipédia

– O Diário de Mogi

Foto:

– Chang Dai-chien

Rouxinol Mogi

Mogiano, é designer gráfico com trabalhos em vários jornais da região. Pesquisador da história de Mogi das Cruzes há quarenta anos. Recebeu vários prêmios: duas vezes o “Profissionais do Ano” e uma vez “Personalidades de Mogi e Região”, prêmios esses pela divulgação da história de Mogi. Autor do livro “Mogy Antiga”, é membro da AMHAL - Academia Mogicruzense de História, Artes e Letras.

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